O
indicador é superior ao registrado no mês de fevereiro (0,58%)
11/04/2013
- 14:45 - Economia
Belém
voltou a registrar o maior índice inflacionário entre as capitais brasileiras.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
capital paraense fechou o mês de março liderando o ranking do Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, com alta de 0,79%. O
indicador é superior ao registrado no mês de fevereiro (0,58%) e só fica atrás,
no ano, da marca alcançada em janeiro (1,06%), quando também registrou o
inglório título de capital com a maior inflação do País. Nos primeiros três
meses do ano, o IPCA de Belém já contabiliza 2,45%, novamente o maior índice do
País.
A
capital também aparece no topo da taxa acumulada em 12 meses, com novo recorde
de 9,19%. Essa variação foi uma das principais razões para a média nacional
voltar a superar o teto da meta de 6,5%, fixada pelo Conselho Monetário
Nacional, com marca de 6,59%, no maior índice desde o novembro de 2011 (6,64%).
O índice acumulado nacional subiu pelo nono mês seguido, mas a expectativa é de
que essa tendência comece a reverter a partir da próxima divulgação. A taxa de
março foi a menor dos sete últimos meses (0,47%). No primeiro trimestre, o IPCA
somou 1,94%, ante 1,22% em igual período de 2012.
A
segunda maior inflação regional registrada no País foi apontada em Belo
Horizonte, que teve em março passado aumento de 0,63%, seguido por Fortaleza,
com alta de 0,61%; Goiânia, com acréscimo de 0,52%; e Salvador, com 0,51%. Já
os menores índices foram apontados no Rio de Janeiro (0,27%), Curitiba (0,34%)
e Recife (0,37%). Fortaleza aparece em segundo, tanto no acumulado dos três
primeiros meses, quanto no somatório dos últimos doze meses, com indicadores
2,36% e 8,11%, respectivamente. Por outro lado, Rio de Janeiro surge com a
menor taxa acumulada no trimestre (1,25%) e Brasília no ano (5,85%).
Segundo
o IBGE, os gastos com alimentação foram os principais responsáveis pela alta do
indicador inflacionário em Belém no mês de março, sobretudo, em virtude da alta
do açaí (18,31%), que, junto com a farinha de mandioca (3,10%), tiveram impacto
de 0,26 ponto percentual sendo os dois responsáveis por 33% do índice da
região. No acumulado de janeiro a março desse ano, o preço do açaí aponta um
aumento de 55,66% e nos últimos doze meses de 40,58%. Já a farinha de mandioca
acumula altas de 32,46% e 146,50%, respectivamente.
Entre
os subitens ainda se destaca a cebola, com o maior acréscimo registrado no
último mês em Belém, 21,68%; o mamão, 12,48%; uva, 12%; batata inglesa, 11,27%,
repolho, 10,26%; ovo de galinha, 8,67%; banana prata, 6,50%; e o camarão,
5,92%. Por outro lado, as maiores baixas foram registradas no preço do cheiro
verde (-9,37%), do caranguejo (-5,08%), de artigos de armarinho (-4,96%),
transporte hidroviário (-4,45%) e presunto (-4,45%).
Já
em todo o País, o resultado decrescente de março teve forte influência do grupo
Educação, que havia subido 5,40% em fevereiro e agora teve variação de 0,56%.
Com isso, o impacto na taxa geral passou de 0,24 para 0,03 ponto percentual.
Dos sete grupos, apenas dois (Habitação e Comunicação) tiveram taxas maiores no
mês. Os alimentos, por exemplo, passaram de 1,45%, em fevereiro, para 1,14%.
Mesmo com a desaceleração, foi a maior taxa entre os grupos. E responderam por
60% do índice do mês (0,28 ponto percentual).
Vilão
do período recente, o tomate subiu bem menos (de 20,17% para 6,14%), mas ainda
acumula alta de 60,90% no ano e 122,13% em 12 meses. A maior alta acumulada é
da farinha da mandioca (151,39%), que passou de 16,15% para 5,11% no mês
passado. A cebola subiu mais, de 11,64% para 21,43% em março, e soma elevação
de 54,88% no ano e 76,46% em 12 meses. Também está perto dos 100% nesse período
é a batata-inglesa (97,29%), que também mostrou desaceleração no mês (de 7,90%
para 6,14%).
No
grupo Despesas Pessoais (de 0,57% para 0,54%), a maior alta foi do item
empregado doméstico, que passou de 1,12% para 1,56% e teve impacto individual
de 0,06 ponto. O custo com cabeleireiro aumentou 1,14%, após cair 0,27% no mês
anterior. O grupo Transportes, que havia subido 0,81% em fevereiro, recuou
0,09% em março. O IBGE destacou a queda das passagens aéreas (de -9,98% para
-16,43%). A gasolina subiu menos, 0,09%, ante 4,10% no mês anterior, quando
refletiu 'os efeitos do reajuste de 6,60%
no preço do litro nas distribuidoras em vigor desde 30 de janeiro'.
Dos
grupos em alta, Habitação foi de -2,38% para 0,51%, com a conta de energia
elétrica subindo 0,55%, após cair 15,17% em fevereiro. 'As contas já estão
18,04% mais baratas neste primeiro trimestre do ano, refletindo a redução de
18% no valor das tarifas em vigor desde 24 de janeiro', diz o instituto. O
grupo de Comunicação foi de 0,10% para 0,13%.
INPC
- Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da capital paraense,
referência em negociações salariais, subiu 0,77% em março e ficou 0,15 ponto
percentual acima do resultado de 0,62% de fevereiro. Na comparação com as
demais capitais pesquisadas, Belém registrou o maior INPC, juntamente com Belo
Horizonte. Mas no acumulado dos últimos 12 meses, Belém permanece disparado no
topo do ranking com variação de 9,58%, seguida por Fortaleza (9,23%), Salvador
(8,08%), Recife (8,00%) e Goiânia (7,56%).
De
acordo com o levantamento do IBGE, as maiores influências para a alta do INPC
em Belém no último mês também foram o açaí (18,31%) e a farinha de mandioca
(3,10%), que, juntos tiveram impacto de 0,29 ponto percentual, sendo
responsáveis por 38% do índice da região. Ainda tiveram destaque a cebola, com
aumento de 21,68% e o mamão, com 12,48%.
No
País, o INPC passou de 0,52% em fevereiro para 0,60% no mês passado, taxa
superior à de março do 2012 (0,18%). Fechou o trimestre com alta de 2,05%, ante
1,08% em igual período do ano anterior. Em 12 meses, foi a 7,22%, também acima
dos 12 meses imediatamente anteriores (6,77%).
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