As centrais sindicais temem que o governo se prepare para
abandonar a política de valorização do salário mínimo, que teve início em 2011
e fim previsto para 2015. Apesar da data final estabelecida, havia a
perspectiva de que o uso da fórmula inflação (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) do ano anterior mais a taxa do PIB (Produto Interno Bruto, que é a
soma de riquezas do País) do ano retrasado, usada para calcular o aumento do
mínimo, fosse prorrogada. "Já foi estabelecida mais uma guerra para
2014", previu o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias
Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), Sergio Leite, primeiro-secretário-geral
da Força Sindical.
De acordo com Leite, técnicos da administração federal deram a
entender que esse período de valorização do mínimo está com os dias contados.
“Ninguém fala disso, claramente, mas, para bom entendedor, não é preciso pingar
os 'is' e nem cortar os 'tês'”, considerou, após participar de reunião
extraordinária do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador). O Codefat, tripartite, conta com seis representantes da gestão
federal, seis de empregadores e seis de trabalhadores.
No encontro desta terça-feira (27), os sindicatos tentaram
emplacar mais uma vez a possibilidade de o teto do seguro-desemprego ser
reajustado pelos mesmos moldes do salário mínimo, o que, apesar de não constar
em lei, ocorria nos últimos anos. Em 2013, depois de uma batalha dentro do
Poder Executivo, com a vitória do Ministério da Fazenda, a fórmula foi
dispensada pelo Codefat durante reunião realizada há cerca de dez dias.
No encontro anterior, os trabalhadores saíram derrotados por 9
votos a 7 — há duas vagas do segmento patronal não preenchidas no conselho.
Fonte: Agência Estado – 03/09/2013
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