EM 2012
Ministério retirou 530
trabalhadores de condições análogas às de escravidão
BRASÍLIA
Rafael Querrer
Da Sucursal
O Pará foi o estado com o
maior número detectado de trabalhadores em condições análogas às de escravidão,
em 2012. O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e
Emprego retirou 530 trabalhadores de condições análogas às de escravidão no
Pará. A equipe percorreu 51 municípios e averiguou a situação de 2.283
trabalhadores. Nesse grupo, além dos mais de 500 resgatados, 348 pessoas
tiveram contratos formalizados com a visita do Ministério, que encontrou apenas
480 trabalhadores com seguro desemprego. Proprietários e empresários pagaram,
no total, R$ 1.089.626,69 em indenizações e o Grupo Especial ainda emitiu mais
837 autos de infração. Os dados são do último relatório apresentado pela
Secretaria de Inspeção do MTE no dia 15 de janeiro.
Marabá foi a cidade com o
maior número de trabalhadores resgatados: 150. Tailândia vem logo atrás, com 52
resgatados, dos 56 averiguados. Nesse município, todos os trabalhadores
ganharam contratos de trabalho e os responsáveis pelos locais pagaram R$ 173 mil
em indenizações. Ao todo, foram realizadas 22 operações no Pará. A pecuária foi
o setor onde mais houve resgates, seguida por atividades ligadas ao plantio.
CONDIÇÕES
Em todo o Brasil, o Grupo
Especial detectou, no ano passado, 2.560 pessoas trabalhando em condições
análogas à de escravo. Ao todo foram 135 operações já computadas pela
Secretaria em 2012 e que resultaram em mais de R$ 8,6 milhões em pagamentos de
indenizações aos trabalhadores resgatados. As condições em que os trabalhadores
são resgatados envolvem restrições à liberdade, a falta de pagamento ou
descontos indevidos do seu salário mensal e demais direitos garantidos pela
legislação trabalhista.
Fonte: http://www.orm.com.br/oliberal/ - Edição de 24/01/2013
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