quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pará lidera ranking do trabalho escravo



EM 2012
Ministério retirou 530 trabalhadores de condições análogas às de escravidão

BRASÍLIA
Rafael Querrer
Da Sucursal

O Pará foi o estado com o maior número detectado de trabalhadores em condições análogas às de escravidão, em 2012. O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego retirou 530 trabalhadores de condições análogas às de escravidão no Pará. A equipe percorreu 51 municípios e averiguou a situação de 2.283 trabalhadores. Nesse grupo, além dos mais de 500 resgatados, 348 pessoas tiveram contratos formalizados com a visita do Ministério, que encontrou apenas 480 trabalhadores com seguro desemprego. Proprietários e empresários pagaram, no total, R$ 1.089.626,69 em indenizações e o Grupo Especial ainda emitiu mais 837 autos de infração. Os dados são do último relatório apresentado pela Secretaria de Inspeção do MTE no dia 15 de janeiro.

Marabá foi a cidade com o maior número de trabalhadores resgatados: 150. Tailândia vem logo atrás, com 52 resgatados, dos 56 averiguados. Nesse município, todos os trabalhadores ganharam contratos de trabalho e os responsáveis pelos locais pagaram R$ 173 mil em indenizações. Ao todo, foram realizadas 22 operações no Pará. A pecuária foi o setor onde mais houve resgates, seguida por atividades ligadas ao plantio.

CONDIÇÕES

Em todo o Brasil, o Grupo Especial detectou, no ano passado, 2.560 pessoas trabalhando em condições análogas à de escravo. Ao todo foram 135 operações já computadas pela Secretaria em 2012 e que resultaram em mais de R$ 8,6 milhões em pagamentos de indenizações aos trabalhadores resgatados. As condições em que os trabalhadores são resgatados envolvem restrições à liberdade, a falta de pagamento ou descontos indevidos do seu salário mensal e demais direitos garantidos pela legislação trabalhista.

Fonte: http://www.orm.com.br/oliberal/ - Edição de 24/01/2013

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