O Índice do Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) do Pará, divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD), revela um expressivo avanço do Estado nos últimos 20
anos. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 56,4% no Pará, de 0,413 para 0,646.
Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto
por três variáveis, e mede a evolução do acesso e qualidade da educação, da saúde
e a distribuição de renda. Apesar de ter avançado da escala muito baixa (de 0 a
0,499) para a média (de 0,600 a 0,699), o Estado concentra 13 das 50 cidades
com menor índice de desenvolvimento do País, sendo Melgaço, na região do
Marajó, o município com a pior avaliação (0,418).Compõem ainda o rol das piores
médias de desenvolvimento, os municípios de Chaves, Bagre, Cachoeira do Piriá, Portel,
Anajás, Ipixuna do Pará, Afuá, Curralinho, Nova Esperança do Piriá, Porto de
Moz, Breves e Jacareacanga. Mais uma vez, nenhum município do Estado figurou
entre as 50 cidades com melhor índice de desenvolvimento humano municipal, que
apresentam a pontuação de 0,800 a 1. O melhor desempenho do Estado foi
observado em Belém, que apontou IDHM de 0,746, que indica desenvolvimento alto,
dentro da escala de 0,700 a 0,799.
Ao longo das duas últimas décadas, a
capital paraense ampliou a sua média de desenvolvimento em 32,7%. Em relação ao
índice da pesquisa de 2010, a variação foi de 18,4%. A pesquisa ainda indica
outros dois municípios do Pará na margem considerada alta: Ananindeua e Parauapebas.
No geral, o Estado contabiliza oito municípios na lista de desenvolvimento
muito baixo; 88 considerado baixo; e mais 44 com índice médio. Como comparação,
há dez anos eram 118 municípios paraenses na parcela de IDHM muito baixo; 23
com desenvolvimento baixo; duas com desempenho médio; e nenhuma dentre as de padrão
alto.
Apesar da evolução, o Pará ainda figura
entre os três Estados brasileiros com menor desenvolvimento. Só aparece à
frente das médias atribuídas a Alagoas (0,631) e Maranhão (0,646). Por outro
lado, Distrito Federal foi a única unidade da federação a apresentar IDHM muito
alto, na casa de 0,824. Já São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná,
Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Amapá e Roraima ficaram no patamar de desenvolvimento alto.
MÉDIA NACIONAL
Em todo o País, o IDHM também teve um
significativo avanço em duas décadas: 47,5%, saltando de 0,493 para 0,727. A
classificação do IDHM do Brasil mudou de muito baixo para alto. “Saímos de um patamar
muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área”, avaliou Marco
Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos
parceiros na realização do estudo. “A gente ainda não está bem, o IDHM educação
é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar”,
afirmou.
O município de São Caetano do Sul, no
ABC paulista, tem o melhor IDHM do Brasil, com média de 0,862. Em seguida aparecem
Águas de São Pedro (SP), com 0,854, Florianópolis (SC), com 0,847, Vitória
(ES), com 0,845, Balneário Camboriú (SC), com 0,845, Santos (SP),
com 0,840, e Niterói (RJ), com 0,837. Entre os piores resultados estão, além de
Melgaço na última posição, os municípios maranhenses de Fernando Falcão (0,443)
e Marajá do Sena (0,452), o amazonense Atalaia do Norte (0,450); e o roraimense
Uiramutã (0,453).
Fonte: Site O Liberal – Poder – 09/08/2013
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