sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IPCA - 15 de Belém é o 3° maior do País este mês

Inflação _ Variação de agosto supera a de julho. Os "vilões" são o limão e o transporte fluvial.
A inflação em Belém continua crescendo e deverá fechar o mês como uma das maiores do País. Segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial, subiu 0,34% em Belém, ficando atrás somente de Curitiba (0,51%) e Brasília (0,36%). A variação do IPCA-15 é bem superior a apontada no mês passado, quando o registro foi 0,09%.
No que se refere à inflação do ano, Belém também registrou a maior variação entre as onze capitais avaliadas. A capital do Pará variou 3,82%, logo atrás das marcas de Recife (4,84%) e Fortaleza (4,26%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, Belém continua como a capital campeã de inflação do País, com variação de 8,07%. Os índices da capital paraense também são superiores aos da média do Brasil na variação de agosto (0,16%), no acumulado do ano (3,69%) e no acumulado dos últimos 12 meses (6,15%).
Os principais responsáveis por esse aumento da inflação, no mês de agosto, em Belém, foram o limão (15,74%), o transporte hidroviário (11,97%), o preço do fogão (10,72%), do filé mignon (8,56%), da antena (7,68%) e da cerveja (7,41%). Já no acumulado de 2013, os vilões da prévia do IPCA são a banana-prata (41,39%), o açaí (emulsão) (38,42%), o transporte hidroviário (37,93%), a batata inglesa (36,99%), o feijão carioca (31,81%) e o repolho (29,06%).
No acumulado de 12 meses, os principais aumentos foram na farinha de mandioca (104,69%), batata inglesa (68,28%), banana-prata (54,70%), limão (47,28%) e abacate (38,74%). Em contrapartida, os itens que tiveram uma deflação mensal foram a cebola (-21,15%), o item tubérculos, raízes e legumes (-13,11%), tomate (-13,02%), serra (-10,42%) e repolho (-8,68%). No acumulado desse ano foram o peixe serra (-32,62%), passagem aérea (-23,10%), mamão (-13,69%), tucunaré (-17,75%) e energia elétrica residencial (-17,61%).
Em todo o Brasil o IPCA-15 apontou aumento 0,16% na inflação de agosto, alta superior à de julho, quando subiu 0,07%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 teve alta de 6,15%, abaixo dos 6,40% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2012, a taxa havia ficado em 0,39%. No acumulado no ano, a taxa registra alta de 3,69%, acima dos 3,32% acumulados no mesmo período de 2012.
O estudo mostra ainda que a alta do índice em agosto deve-se, principalmente, à queda menos intensa dos grupos alimentação e bebidas (de -0,18% em julho para -0,09% em agosto) e transporte (de -0,55% para -0,30%), bem como à alta na taxa do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,20% para 0,45%) e educação (de 0,11% para 0,68%).
No grupo alimentos, a alta no preço do leite longa vida (5,46%) liderou o ranking dos principais impactos individuais do mês, com 0,06 ponto percentual. Os outros itens cujas altas merecem destaque são: feijão-preto (5,35%), cerveja consumida no domicílio (3,33%) e cerveja consumida fora do domicílio (1,17%). No item transporte, as quedas, embora menos intensas, ainda são reflexo das desonerações iniciadas em junho. Variaram as taxas de ônibus urbano (de -1,02% em julho para -1,69% em agosto), de ônibus intermunicipal (de -0,91% para -0,70%), de trem (de -1,15% para -1,96%) e de metrô (de -2,02% para -2,24%). Já a gasolina passou de -0,69% para 0,03%, e o etanol de -3,71% para -0,22%, fazendo com que o grupo transporte tivesse queda menor do que no mês anterior.
 Já o grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,20% em julho para 0,45% em agosto) teve alta influenciada, sobretudo, pelos serviços médicos e dentários (1,12%) e de produtos de higiene pessoal (0,42%). Os preços dos remédios, porém, continuam em queda (-0,21%), segundo a pesquisa.  A queda da taxa do grupo habitação, que passou de 0,60% em julho para 0,56% em agosto, foi influenciada pela redução da taxa de água e esgoto (de 0,94% para 0,16%) e aluguel residencial (de 0,83% para 0,74%). Nas despesas pessoais, que também teve variação de 1,08% em julho para 0,51% em agosto, o destaque ficou com o item empregado doméstico (1,45% para 0,53%), seguido de cabeleireiro (de 1,24% para 0,62%) e manicure (de 0,53% para 0,37%).

Fonte: O Liberal – Dinheiro – 23/08/2013

Nenhum comentário: