O plantio da nova soja transgênica
desenvolvida pela Monsanto, a Intacta RR2, deve ocorrer em caráter experimental
na temporada 2013-2014, segundo representantes da cadeia produtiva. Luiz Nery
Ribas, engenheiro agrônomo e gerente de Relações Institucionais da Associação
dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), avalia que
a disponibilidade de sementes não dever ser ampla e levará algum tempo para que
a nova tecnologia seja aceita.
A Coamo Agroindustrial Cooperativa orientou
os seus produtores a testar a tecnologia em apenas 2% ou 3% da área nesse ciclo
para mapear como ela se adaptará aos diferentes microclimas das regiões em que
o grupo atua. “Estamos fazendo pequenas áreas para demonstração. Tem bastante
produtor interessado, mas são poucos os que vão plantar”, diz José Varago,
superintendente-técnico da Coamo Agroindustrial Cooperativa.
Para Varago, a aprovação da Intacta RR2 pela
China ocorreu muito tarde, depois que a maior parte dos agricultores já tinha
definido a contratação de insumos para safra 2013-2014. “Embora estivesse
liberada no Brasil, a Monsanto não a negociou por causa dos chineses e, quando
saiu a autorização, os produtores já tinham escolhido as variedades”, afirma.
A tecnologia foi autorizada pelos chineses em
junho deste ano, faltando cerca de três meses para o início da temporada de
plantio no País. Conforme a Monsanto, a decisão de esperar a autorização de
todos os mercados importadores para lançar comercialmente o produto não é
exclusividade da Intacta RR2. “É um compromisso que a empresa assume em todas
as tecnologias”, esclarece Guilherme Lobato, gerente de biotecnologia da
companhia.
Em parceria com as marcas licenciadas e
aproximadamente 100 multiplicadores, foram produzidas 2,8 milhões de sacas de
60 quilos de sementes, o suficiente para plantar 2,5 milhões de hectares, quase
8% da área total de 29 milhões de hectares estimada pelas consultorias do
setor.
Fonte: O Liberal – 11/10/2013
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