sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Produção industrial do Pará cai 1,6% em agosto

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,6% em agosto de 2013
Em agosto de 2013, a produção industrial do Pará registrou queda de 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após avançar por três meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 9,3%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou expansão de 2,3% na passagem dos trimestres encerrados em julho e agosto e manteve a trajetória ascendente iniciada em maio último. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,6% em agosto de 2013, mostrou retração menos intensa do que as observadas em junho (-6,5%) e julho (-5,9%).
O principal impacto negativo sobre a média global paraense foi observado no setor de celulose, papel e produtos de papel (-39,2%), pressionado pela menor fabricação de celulose, decorrente sobretudo da paralisação técnica para reforma do parque industrial em importante empresa do setor. Outra influência negativa relevante veio da atividade de metalurgia básica (-4,7%), explicada, especialmente, pela menor fabricação de óxido de alumínio. Em sentido oposto, o setor extrativo exerceu o resultado positivo mais importante (3,7%), impulsionado, em grande parte, pela maior extração de minérios de ferro.
No índice acumulado de janeiro-agosto de 2013, o setor industrial paraense recuou 7,7% frente a igual período do ano anterior, com quatro dos seis ramos investigados assinalando queda na produção. As contribuições negativas mais relevantes foram observadas nos setores extrativo (-6,4%) e de metalurgia básica (-9,4%), pressionados especialmente pela redução na produção de minérios de ferro e de alumínio, no primeiro ramo, e de óxido de alumínio, no segundo. Vale citar ainda o impacto negativo vindo de celulose, papel e produtos de papel (-35,8%), influenciado em grande parte pela menor fabricação de celulose. Por outro lado, o resultado positivo mais importante foi registrado pelo setor de minerais não-metálicos (3,8%), sustentado, principalmente, pela maior produção de cimentos “Portland”.
 Em todo o Brasil a produção industrial cresceu em sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre julho e agosto deste ano, apesar de a produção nacional ter se mantido estável no período. As maiores altas foram observadas no Paraná (3,6%), em Goiás (1,7%) e Santa Catarina (1,6%). Também tiveram avanço na produção os estados do Ceará (1%), de São Paulo (0,6%), Minas Gerais (0,3%) e do Rio Grande do Sul (0,2%).
Entre os sete estados com queda na produção, a Bahia foi o que mais apresentou recuo (-8,6%), devido ao desligamento do setor elétrico ocorrido em agosto no Nordeste. A região, como um todo, teve redução de 2,2%. Também tiveram quedas o Rio de Janeiro (-4,2%), Pará (-1,6%), o Espírito Santo (-1,4%), Pernambuco (-0,8%) e o Amazonas (-0,7%).
Na comparação de agosto deste ano com o mesmo período do ano passado, houve queda em nove dos 14 locais, com destaque para o Espírito Santo (-5,9%), Minas Gerais (-4,5%), o Rio de Janeiro (-3,9%), São Paulo (-3,4%) e o Amazonas (-3,2%), todos acima da queda nacional de 1,2%. No acumulado do ano, 11 dos 14 locais tiveram avanço na produção, enquanto em 12 meses, oito dos 14 locais acumulam alta.

Fonte: ORM – Notícias – 11/10/2013

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