Em agosto de 2013, a produção industrial do
Pará registrou queda de 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, na série
livre de influências sazonais, após avançar por três meses consecutivos,
período em que acumulou ganho de 9,3%. Com esses resultados, o índice de média
móvel trimestral apontou expansão de 2,3% na passagem dos trimestres encerrados
em julho e agosto e manteve a trajetória ascendente iniciada em maio último. A
taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,6% em
agosto de 2013, mostrou retração menos intensa do que as observadas em junho
(-6,5%) e julho (-5,9%).
O principal impacto negativo sobre a média
global paraense foi observado no setor de celulose, papel e produtos de papel
(-39,2%), pressionado pela menor fabricação de celulose, decorrente sobretudo
da paralisação técnica para reforma do parque industrial em importante empresa
do setor. Outra influência negativa relevante veio da atividade de metalurgia
básica (-4,7%), explicada, especialmente, pela menor fabricação de óxido de
alumínio. Em sentido oposto, o setor extrativo exerceu o resultado positivo
mais importante (3,7%), impulsionado, em grande parte, pela maior extração de
minérios de ferro.
No índice acumulado de janeiro-agosto de
2013, o setor industrial paraense recuou 7,7% frente a igual período do ano
anterior, com quatro dos seis ramos investigados assinalando queda na produção.
As contribuições negativas mais relevantes foram observadas nos setores
extrativo (-6,4%) e de metalurgia básica (-9,4%), pressionados especialmente
pela redução na produção de minérios de ferro e de alumínio, no primeiro ramo,
e de óxido de alumínio, no segundo. Vale citar ainda o impacto negativo vindo
de celulose, papel e produtos de papel (-35,8%), influenciado em grande parte
pela menor fabricação de celulose. Por outro lado, o resultado positivo mais
importante foi registrado pelo setor de minerais não-metálicos (3,8%),
sustentado, principalmente, pela maior produção de cimentos “Portland”.
Em todo o Brasil a produção industrial
cresceu em sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) entre julho e agosto deste ano, apesar de a
produção nacional ter se mantido estável no período. As maiores altas foram
observadas no Paraná (3,6%), em Goiás (1,7%) e Santa Catarina (1,6%). Também
tiveram avanço na produção os estados do Ceará (1%), de São Paulo (0,6%), Minas
Gerais (0,3%) e do Rio Grande do Sul (0,2%).
Entre os sete estados com queda na produção,
a Bahia foi o que mais apresentou recuo (-8,6%), devido ao desligamento do
setor elétrico ocorrido em agosto no Nordeste. A região, como um todo, teve
redução de 2,2%. Também tiveram quedas o Rio de Janeiro (-4,2%), Pará (-1,6%),
o Espírito Santo (-1,4%), Pernambuco (-0,8%) e o Amazonas (-0,7%).
Na comparação de agosto deste ano com o mesmo
período do ano passado, houve queda em nove dos 14 locais, com destaque para o
Espírito Santo (-5,9%), Minas Gerais (-4,5%), o Rio de Janeiro (-3,9%), São
Paulo (-3,4%) e o Amazonas (-3,2%), todos acima da queda nacional de 1,2%. No
acumulado do ano, 11 dos 14 locais tiveram avanço na produção, enquanto em 12
meses, oito dos 14 locais acumulam alta.
Fonte: ORM – Notícias – 11/10/2013
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