Cerca de cem policiais civis
filiados ao Sindpol (Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil)
realizam um protesto, na manhã desta terça-feira (20), em frente à Sead
(Secretaria Estadual de Administração), na Travessa do Chaco, próximo à
Almirante Barroso. Eles exigem melhores salários, condições de trabalho e,
principalmente, segurança para o trabalho. A categoria ameaça entrar em greve
se não for recebida para negociação com a Sead. Os servidores fecharam a
Avenida Almirante Barroso em protesto.
Os servidores querem a
incorporação de um abono, no valor de R$ 540, no salário atual de R$ 670. A
data base da categoria é em abril. Além disso, eles pedem melhores condições de
trabalho. 'O Governo investe em reforma, compra de equipamento e não investe no
recurso humano, não contrata mais policiais para as delegacias e não tem
segurança para trabalhar, vários já morreram', reclama o presidente do Sindpol,
Rubens Teixeira.
A entidade também se
posiciona contra a decisão recente da Secretaria de Segurança Pública, que
repassou aos policiais militares a competência de também registrar BO (Boletim
de Ocorrência). 'Não concordamos. O que deviam fazer era concurso público e
nomear mais servidores da polícia civil ao invés de dar mais trabalho para a
PM', opina Teixeira. O sindicato também pede a nomeação de 54 delegados e 27
policiais civis, entre investigadores e escrivães, do concurso C149, de 2010.
Outro lado- Em nota a
Secretaria de Estado de Administração (Sead) informa que, em cumprimento aos
compromissos que o governo do Estado tem buscado honrar com o conjunto dos
servidores públicos, especialmente no que se refere ao mês de revisão anual de
salários, previsto no Regime Jurídico Único (RJU) - que é o mês de data-base -
abril - agendou reunião com um conjunto das categorias sindicais, para a
próxima quinta-feira (21), às 9h30, na sede da Sead.
A atitude, segundo a Sead,
busca estabelecer uma política de reajuste salarial que objetiva não acumular
perdas salariais e abranger o a totalidade dos servidores públicos, de forma
equânime, respeitando o equilíbrio fiscal e financeiro do Estado.
Neste sentido, o governo do
Estado considera que não há nenhum descumprimento de compromisso com os
servidores públicos, posto que a data-base é abril e o reajuste a ser acordado
com os servidores só incidirá na folha ao final do citado mês, de acordo com a
revisão que for estabelecida.
A Secretaria lembra ainda
que, faltam cerca de 22 dias para que a folha de pagamento do mês de abril seja
processada. Então, não há nenhum descumprimento. A exemplo do que fez em 2011 e
2012, em que nenhuma categoria teve perdas em decorrência da inflação, os
ganhos obtidos ao longo desses 2 anos variaram de 20% a 42%, inclusive como é o
caso dos policiais civis, que tiveram um reajuste de 23% em média. Não existem
perdas acumuladas.
Redação Portal ORM
Fotos: Bruno Magno (Portal ORM).
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