quarta-feira, 20 de março de 2013

Policiais Civis realizam ato por reajuste salarial em Belém


Cerca de cem policiais civis filiados ao Sindpol (Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil) realizam um protesto, na manhã desta terça-feira (20), em frente à Sead (Secretaria Estadual de Administração), na Travessa do Chaco, próximo à Almirante Barroso. Eles exigem melhores salários, condições de trabalho e, principalmente, segurança para o trabalho. A categoria ameaça entrar em greve se não for recebida para negociação com a Sead. Os servidores fecharam a Avenida Almirante Barroso em protesto.

Os servidores querem a incorporação de um abono, no valor de R$ 540, no salário atual de R$ 670. A data base da categoria é em abril. Além disso, eles pedem melhores condições de trabalho. 'O Governo investe em reforma, compra de equipamento e não investe no recurso humano, não contrata mais policiais para as delegacias e não tem segurança para trabalhar, vários já morreram', reclama o presidente do Sindpol, Rubens Teixeira.

A entidade também se posiciona contra a decisão recente da Secretaria de Segurança Pública, que repassou aos policiais militares a competência de também registrar BO (Boletim de Ocorrência). 'Não concordamos. O que deviam fazer era concurso público e nomear mais servidores da polícia civil ao invés de dar mais trabalho para a PM', opina Teixeira. O sindicato também pede a nomeação de 54 delegados e 27 policiais civis, entre investigadores e escrivães, do concurso C149, de 2010.

Outro lado- Em nota a Secretaria de Estado de Administração (Sead) informa que, em cumprimento aos compromissos que o governo do Estado tem buscado honrar com o conjunto dos servidores públicos, especialmente no que se refere ao mês de revisão anual de salários, previsto no Regime Jurídico Único (RJU) - que é o mês de data-base - abril - agendou reunião com um conjunto das categorias sindicais, para a próxima quinta-feira (21), às 9h30, na sede da Sead.

A atitude, segundo a Sead, busca estabelecer uma política de reajuste salarial que objetiva não acumular perdas salariais e abranger o a totalidade dos servidores públicos, de forma equânime, respeitando o equilíbrio fiscal e financeiro do Estado.

Neste sentido, o governo do Estado considera que não há nenhum descumprimento de compromisso com os servidores públicos, posto que a data-base é abril e o reajuste a ser acordado com os servidores só incidirá na folha ao final do citado mês, de acordo com a revisão que for estabelecida.

A Secretaria lembra ainda que, faltam cerca de 22 dias para que a folha de pagamento do mês de abril seja processada. Então, não há nenhum descumprimento. A exemplo do que fez em 2011 e 2012, em que nenhuma categoria teve perdas em decorrência da inflação, os ganhos obtidos ao longo desses 2 anos variaram de 20% a 42%, inclusive como é o caso dos policiais civis, que tiveram um reajuste de 23% em média. Não existem perdas acumuladas.

Redação Portal ORM
Fotos: Bruno Magno (Portal ORM).

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